Entre os dias 27 de novembro a 01 de dezembro, será realizada a eleição para a representação no Comitê Gestor da Internet (CGI.br), organização multiparticipativa que cuida da governança da internet no Brasil. Não sendo um órgão estatal, o CGI.br trata de definir as políticas de internet para o país, com representação do setor privado, terceiro setor, academia e governo.
Desde 2003, essa representação é composta por 21 membros, dentre os quais doze são “não governamentais”, divididos entre quatro cadeiras para o setor privado, três para a comunidade científica e tecnológica, além de quatro assentos para o terceiro setor, sendo a vaga restante para figuras com notório saber em assunto da internet.
Os mandatos das representações da sociedade civil são trienais, eleitos mediante processo eleitoral com voto das entidades que estão registradas no colégio eleitoral. Pela segunda vez consecutiva, a Associação Cearense de Imprensa (ACI) participará do colégio eleitoral, apoiando a candidatura da jornalista Bia Barbosa para sua reeleição no Conselho, nas representações da sociedade civil. A ACI repete e a refirma seu compromisso firmado na eleição anterior, quando também votamos em Bia Barbosa, por entender seu papel de defender uma internet livre e democrática.
Representando a ACI no colégio eleitoral, o jornalista e membro da atual diretoria Antônio Lima Júnior avalia como fundamental a participação da entidade no pleito e o apoio a jornalista Bia Barbosa. “Essa reeleição será um compromisso da Coalizão em manter as pautas essenciais sobre internet e tensionar o atual governo para firmar compromisso com interesses da população e não dos grandes monopólios. A ACI estar presente nisso significa também o compromisso da entidade em defender a liberdade de expressão dentro dos marcos da democracia e do bom uso das redes”, ressalta Antônio Lima Júnior.
Representando a Coalizão Direitos na Rede, Bia Barbosa é jornalista e especialista em Direitos Humanos pela USP e mestra em políticas públicas pela FGV-SP. Atua há 25 anos na defesa da liberdade de expressão e de uma esfera pública de debates plural, diversa e democrática, tendo se dedicado a pesquisas e incidência em temas como regulação dos meios de comunicação e das plataformas digitais. Participou ativamente da construção e aprovação do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no Congresso Nacional. É uma das diretoras do DiraCom, organização da sociedade civil que luta pelo direito à comunicação e a democracia no Brasil e que integra o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e a Coalizão Direitos na Rede (CDR). Atualmente coordena a área de incidência do escritório da Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina. Como conselheira do CGI.br eleita em 2020, Bia coordena a Câmara Temática de Universalização e Inclusão Digital e o Programa Youth, que promove a inclusão de jovens na governança da internet. Também participou das comissões de programação dos seminários do CGI sobre privacidade e proteção de dados e integra os GTs do FIB, de regulação de plataformas e de diversidade. Neste período, coorganizou duas edições da publicação “TIC, governança da internet, gênero, raça e diversidade” e a recém-lançada “Agenda de Gênero, Raça e Diversidade”, com propostas de ação para a promoção das diversidades nas TICs.
A Associação Cearense de Imprensa apoia e subscreve a “Plataforma em defesa dos direitos digitais: por uma Internet livre, inclusiva, plural, democrática e participativa”, promovida pela Coalizão Direitos na Rede e assinada por 25 entidades. Assine e apoie a Plataforma da CDR: