A campanha pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Diploma na Câmara dos Deputados marcou as comemorações dos 70 anos de fundação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará (Sindjorce) na sessão solene realizada na tarde desta segunda-feira (29/05) no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
O deputado estadual De Assis Diniz (PT), autor do requerimento subscrito pela deputada Larissa Gaspar (PT), destacou a combatividade na história de luta do Sindjorce ao longo dos últimos 70 anos, principalmente nos momentos mais difíceis que o País atravessou.
“Sete décadas de existência não podem ser resumidas tão somente em período de liberdade e de democracia, mas também por momentos delicados e complexos, como períodos ditatoriais e de cerceamento de liberdade, onde contamos com o Sindjorce como porta-voz daqueles que estavam com a suas vozes caladas”, afirmou.
O parlamentar também destacou a luta do sindicato na defesa por melhores remunerações da categoria, contra a precarização no trabalho, a luta pelo diploma para o exercício profissão e pela democracia. “O sindicato foi a ferramenta que possibilitou que pudesse chegar a esse último período de governo que o Brasil passou com homens e mulheres olhando para o futuro”, pontuou.
Representado a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o jornalista Salomão de Castro, membro do Conselho Deliberativo da entidade, disse que o Sindjorce, “nesses 70 anos de história, fez muito pelos jornalistas do Ceará e ainda faz pela luta democrática”. Segundo ele, a ABI tem trabalho em conjunto com o Sindjorce levantando bandeiras e buscando soluções, questões referentes à Inteligência Artificial (por meio do ChatGPT) que pode representar o esvaziamento da profissão, de postos de trabalho; a luta pela PEC do Diploma para o exercício da profissão de jornalista, e o projeto de lei sobre a fake news, citou. “Este é um momento de celebração, de festa, de responsabilidade e de alegria. Vamos seguir em frente na construção de mais direitos ao longo dos próximos 70 anos”, reforçou.
Salomão lembrou a aprovação, pelo Senado Federal, há dez anos, em 2012, da PEC do Diploma, com o apoio da então bancada do Ceará: Inácio Arruda (PCdoB), José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (MDB). Ele destacou ainda que o Sindjorce nasceu na Associação Cearense de Imprensa (ACI), cuja diretoria integra, apontando a trajetória comum entre as entidades. Salomão fez referência, na atual diretoria, da ACI, ao presidente Helly Ellery e ao vice-presidente Wilame Moura, ambos também integrantes do Sindjorce. Dentre os diretores da ACI presentes à atividade, estiveram ainda Angela Marinho (1ª secretária) e Antonio Lima Júnior (2º secretário). Angela e Lima integram também a diretoria do Sindjorce e são associados à ABI.
Combate às fake news
Representando o governador Elmano de Freitas (PT), o assessor especial do Governo para a relação com os municípios, ex-deputado federal Artur Bruno (PT), lembrou da importância do papel dos jornalistas para a sociedade, principalmente nesse momento em que as Fake News têm se tornado um instrumento para a divulgação de desinformação. “É muito importante uma sessão como essa para prestar homenagem aqueles que defendem a verdade dos fatos que ocorrem no Ceará, no Brasil e no Mundo”, destacou.
A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, fez um breve histórico reverenciando os nomes dos fundadores e ex-presidentes do Sindjorce e disse que hoje os jornalistas brasileiros estão vivendo um ano de reconstrução da categoria.
Samira de Castro falou ainda sobre a luta do Sindjorce e da Fenaj pela PEC do Diploma de Jornalista. Segundo ela, com a decisão, em 2009, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, hoje se emitem registros até para crianças. “Isso é muito sério, muito grave. Estamos falando do critério para um direito social que é a garantir às pessoas uma informação de qualidade”, explicou.
O presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, falou da luta ao longo de sete décadas de existência do sindicato pela dignidade profissional, contra os ataques da classe patronal, pelo emprego, por melhores condições de trabalho, pela regulamentação da profissão e qualidade de vida da categoria. “O sindicato tem sido a voz incansável dos jornalistas na luta por salários justos, pela liberdade de imprensa, pela democracia e fortalecimento da categoria”, pontuou.
Além de Rafael Mesquita, Samira de Castro, também receberam certificados Will Pereira, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT) e José de Souza Júnior, membro do Conselho Deliberativo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Participaram da solenidade, a ex-deputada e ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, a vereadora de Fortaleza, Adriana Almeida (PT), Dalwton Moura, diretor do Sindicato dos Músicos do Ceará, jornalistas e líderes sindicais.
Com informações da Agência de Notícias da Alece
Fotos: Sindicato dos Jornalistas do Ceará